Duda/Ana Patrícia e André/George confirmaram duas medalhas de ouro para o Brasil
Chegou ao fim o jejum. Depois de 12 anos, o Brasil voltou a conquistar uma medalha de ouro no vôlei de praia nos Jogos Pan-Americanos. Ou melhor, duas. Duda/Ana Patrícia e André/George não tomaram conhecimento dos adversários e garantiram as duas medalhas de ouro.
Na disputa feminina, as brasileiras venceram a dupla canadense Melissa/Brandie por 2 sets a 0, com parciais de 22-20 e 21-18, selando o ouro sem nenhum set perdido na campanha pan-americana. Entre os homens, a vitória sobre os cubanos Alayo/Díaz foi mais apertada: 2 sets a 1, com parciais de 21-12, 19-21 e 15-13. Os bronzes foram da dupla estadunidense Quiggle/Murphy no feminino e dos primos chilenos Grimalt no masculino.
As finais do vôlei de praia
A 1ª decisão do dia foi das mulheres. A sergipana Duda Lisboa e a mineira Ana Patrícia enfrentaram as canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson, em um confronto entre duas das melhores duplas do mundo. No 1º set, o Brasil saiu na frente com 6-3 e com 12-9, mas cedeu cinco pontos seguidos e levou a virada para 14-12. O jogo seguiu ponto lá, ponto cá e Melissa/Brandie tiveram o set point no 20-19, mas o Duda/Ana buscaram a virada e fecharam em 22-20.
O 2º set foi marcado pelo equilíbrio e nenhuma das duplas conseguiu abrir vantagem no placar. Em um jogo de poucos erros, a igualdade se sustentou no placar até o 15-15, quando as brasileiras começaram a abrir vantagem e construir a vitória. Assim, o 17-15 logo se tornou em medalha de ouro no vôlei de praia feminino, fechando o set em 21-18.
VITÓRIA NO 1º SET! 🏐
🇧🇷 Ana Patrícia/Duda 1×0 Melissa/Brandie 🇨🇦
(22/20)Vamos, meninas! 💚💛
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— Time Brasil (@timebrasil) October 27, 2023
Na disputa masculina, o capixaba André Stein e o paraibano George Wanderley tiveram uma final com sabor de revanche. Eles reencontraram os cubanos Jorge Alayo e Noslen Díaz, que os venceram na fase de grupos. Mas o Brasil entrou com tudo no jogo e logo abriu 10-3. Com ótimo aproveitamento no ataque, ficou fácil administrar a vantagem e fechar o set em 21-12.
André/George começaram bem o 2º set, abrindo 6-3, mas os cubanos logo equilibraram o jogo e conseguiram buscar o empate no 9-9. Assim, o confronto seguiu parelho, com igualdades aos 10, 12, 13, 15, 16, 18 e 19. Mas, na reta final, os cubanos emendaram dois pontos e fecharam em 21-19.
O tie-break começou em um ritmo muito intenso, com duas equipes indo até o final pelos pontos. Na intensidade, o Brasil largou melhor, abriu 5-2 e conseguiu segurar a reação cubana, mantendo a vantagem até o 11-8. Mas Alayo/Díaz conseguiram três pontos seguidos e empataram em 11-11. Na reta final, o Brasil voltou a crescer e levou ouro com um 15-13.
Era INEVITÁVEL! 🥇
O vôlei de praia brasileiro é GIGANTE! 🇧🇷 pic.twitter.com/0m9eMEulBm
— Time Brasil (@timebrasil) October 27, 2023
O vôlei de praia nos Jogos Pan-Americanos
O Brasil pôde levar apenas uma dupla de cada gênero para o Pan-Americano e foi representado justamente por suas duplas melhores rankeadas. No feminino, as vice-campeãs mundiais Duda e Ana Patrícia lideram o ranking mundial do vôlei de praia, enquanto André e George ocupam a 5ª colocação do ranking masculino.
Na história do vôlei de praia no Pan, nenhum país tem tantas medalhas quanto o Brasil. Antes de Santiago, eram cinco ouros, três pratas e quatro bronzes para os jogadores do país. Mas já existia um jejum. Os brasileiros garantiram os dois ouros no Rio, em 2007, e em Guadalajara, em 2011, mas tinham apenas uma prata e dois bronzes desde então.
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