Ouro ficou para Cuba, que venceu final por 4-3
Na despedida do judô dos Jogos Pan-Americanos da Santiago, o Brasil levou a prata na disputa por equipes. Depois de vencer Venezuela e Colômbia sem muitas dificuldads, a final foi contra Cuba, que superou os brasileiros em um exaustivo 4-3, com derrota na última luta após mais de oito minutos no tatame. Assim, o país fecha a disputa do judô com 16 medalhas. Colômbia e República Dominicana levaram os bronzes.
O time medalhista foi composto por Leonardo Gonçalves, semifinalista do -100kg; Rafaela Silva, ouro no -57kg; Gabriel Falcão, ouro no -63kg; Aléxia Castilhos e Luana Carvalho, que disputaram o bronze no -70kg; Guilherme Schmidt, ouro no -81kg; Beatriz Souza, bronze no +78kg; William Lima, bronze no -66kg; Rafael Macedo, prata no -90kg; e Rafael Silva bronze no +100kg.
A EQUIPE DE PRATA 🇧🇷🥈
O Brasil conquista a medalha de prata na Disputa por Equipes de Judô 🥋 nos Jogos Pan-Americanos!
Nossos judocas fizeram boa final, mas a equipe de Cuba 🇨🇺 levou a melhor por 4 a 3. 💪
Representaram muito bem! 👏 pic.twitter.com/Z58iVTjjTT
— Time Brasil (@timebrasil) October 31, 2023
As lutas do judô por equipes
A jornada brasileira começou nas quartas, contra a Venezuela. Leonardo Gonçalves e Rafaela Silva abriram 2-0 para o Brasil com Ippons rápidos contra Luiz Amezquita e Fabiola Diaz. Gabriel Falcão enfrentou Sergio Mattey e ampliou, após três Shiddos para o adversário. A Venezuela descontou com Elvismar Castilhos, que conseguiu dois Wasa-aris contra Aléxia Castilhos. Mas Guilherme Schmidt fechou a classificação em 4-1, com mais um Ippon.
Na semifinal, o confronto foi com a Colômbia. O time brasileiro iniciou com mais um Ippon relâmpago de Rafaela Silva, dessa vez contra Maria Villalba. Na 1ª luta, mais um Ippon, dessa vez de William Lima, enfrentando Andres Sandoval. Luana Carvalho saiu atrás contra Luisa Bonilla, mas a colombiana recebeu um 3º Shido no golden score e o Brasil abriu 3-0. A vitória por 4-0 veio com Ippon de Rafael Macedo contra Daniel Paz.
A final foi entre Brasil e Cuba. Os caribenhos entraram com apenas cinco judocas, o que fez o Brasil já largar com 1-0 no placar, no que seria a luta de Rafaela Silva. Gabriel Falcão venceu Magdiel Estrada por Wasa-ari, mas Luana Carvalho sofreu um Ippon contra Idelanniz Gómez. Rafael Macedo perdeu por Wasa-ari para Ivan Silva, mas Beatriz Souza recuperou a vantagem na luta contra Idalys Ortíz, que recebeu três Shidos.
Assim a decisão ficou para Rafael Silva. Baby enfrentou Andy Granda, judoca multicampeão que o venceu na disputa individual e é um dos grandes adversários de sua carreira. Após uma luta muito intensa, o brasileiro recebeu o 3º Shido e Cuba empatou. No sorteio da 7ª luta, mais um confronto entre Baby e Granda e, após mais de oito minutos exaustivos, o brasileiro voltou a ser derrotado com um 3º Shido.
O judô nos Jogos Pan-Americanos
A campanha brasileira em Santiago 2023 foi histórica. No 1º dia, foram quatro ouros e dois bronzes, conseguindo medalhas com todos os judocas que entraram no tatame. Depois, mais dois ouros, uma prata e um bronze no domingo e, no encerramento das disputas individuais, mais um ouro, uma prata e três bronzes.
Assim, o Brasil foi ao pódio com 15 dos 19 judocas que entraram no tatames. E isso também garantiu a melhor campanha brasileira na história do judô Pan-Americano, superando os seis ouros de Guadalajara 2011. Desde 2003, a campanha brasileira sempre oscilou entre quatro e seis ouros, números também alcançados em 1987 e 1979.
O Brasil é um dos países mais tradicionais do judô nos Jogos Pan-Americanos e teve uma boa largada nesta edição. Até Lima 2019, os brasileiros somaram 40 ouros, 36 pratas e 58 bronzes nas disputas. Na edição passada, foram quatro ouros, uma prata e quatro bronzes.
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