Fora de Campo

Charles do Bronx: o principal nome brasileiro no UFC

Natural da periferia do litoral paulista, o lutador venceu uma doença graças ao esporte Charles Oliveira da Silva. Ou melhor, […]

Charles do Bronx posa com cinturão conquistado no UFC

Natural da periferia do litoral paulista, o lutador venceu uma doença graças ao esporte

Charles Oliveira da Silva. Ou melhor, Charles do Bronx. Esse é o principal nome do Brasil no UFC no momento. Natural do Guarujá, litoral de São Paulo, o lutador tem uma história de superação. 

A infância de Charles foi humilde e o esporte está na sua vida desde sempre. Porém, antes das artes marciais ele se interessava mesmo por correr atrás de bola. Como quase toda criança brasileira. 

Atualmente com 32 anos, Charles do Bronx tem 33 vitórias em sua carreira nas artes marciais mistas. Dessas, 9 foram por nocaute, 21 por finalização e 3 por decisão. Ele sofreu apenas 8 derrotas, sendo 4 por nocaute, 3 por finalização e uma por decisão. 

Quem é Charles do Bronx?

Charles do Bronx é um lutador de jiu-jitsu e de Artes Marciais Mistas (MMA). Ele também é ex-campeão peso-leve do Ultimate Fighting Championship (UFC). 

O lutador é o dono do recorde de finalizações, são 16 no total. Além disso, ele também é quem mais venceu lutas por nocautes ou finalizações, ou seja, por “via rápida”. Foram 19 no total. 

Em maio de 2021, por nocaute, derrotou Michael Chandler e se tornou o campeão peso-leve do UFC. Com isso, foi o 2º brasileiro a conquistar o cinturão na categoria e o 18º no UFC. 

Continue lendo este artigo do Jogo Hoje e saiba tudo sobre a vida e a carreira de Charles do Bronx

Charles do Bronx durante pesagem do UFC

Por que Charles do Bronx tem esse apelido?

De Charles da Silva a Charles do Bronx. Filho de uma empregada doméstica e de um feirante, Charles tem mais dois irmãos.

Na periferia do Guarujá, o dia começava bem cedo, quando os pais saiam para trabalhar. Isso, muitas vezes, acontecia antes das 5h da manhã. 

Bem pequeno, Charles começou a jogar futebol e sonhava em se tornar jogador. Entretanto, aos 7 anos de idade, muita coisa mudou. O garotinho se sentia mal, tinha dores no corpo, problemas para andar e às vezes não conseguia mexer as pernas. 

O diagnóstico indicou: Charles tinha febre reumática e sopro no coração. À família, o médico disse ainda que o menino corria o risco de ficar paraplégico. O futebol foi deixado de lado.

Aos 12 anos, Charles Oliveira conheceu o jiu-jitsu, graças a um vizinho chamado Paulo, que apresentou um programa social. O treinador Roger Coelho dava aulas gratuitas na academia de jiu-jitsu. 

Charles começou a treinar e para financiar o caminho dele no esporte, a família, que tinha renda baixa, vendia lanches na rua e papelão descartado. O 1º título do lutador foi conquistado em 2003, quando ele tinha 14 anos. 

A origem de Charles Oliveira da Silva fez ele se tornar Charles do Bronx. Em entrevista, ele contou o porquê de escolher esse nome: “Bronx porque é favela, né? Periferia, de onde eu venho”, contou. 

Charles do Bronx usou esse apelido pela 1ª vez quando foi lutar um campeonato, ainda no início da carreira. 

A família de Charles do Bronx e a carreira do lutador

O esporte foi uma saída encontrada pela família de Charles para que ele não ficasse sem andar, como consequência da doença descoberta ainda na infância. 

No entanto, à medida que a relação dele com o esporte foi ficando mais séria, a mãe, dona Ozana, não gostou muito da ideia. 

Já adolescente, apenas o pai e o treinador apoiavam que ele seguisse carreira. A mãe não aceitava que o filho ganharia a vida trocando socos. 

Foi por isso, inclusive, que o lutador omitiu uma participação em um evento de luta, em 2007. O evento era amador, no Rio de Janeiro e ele acabou sendo campeão. Apesar da conquista, a mãe de Charles do Bronx não gostou nem um pouco da situação. 

A trajetória de Charles do Bronx no UFC

Ainda que a contragosto de dona Ozana, Charles não largou as artes marciais. Assim, pouco a pouco ele foi trilhando o caminho. Charles está no UFC desde 2010, quando, inclusive, foi nomeado como 3º melhor brasileir para assistir naquele ano. 

Ele é um especialista em jiu-jitsu e pertence à Chute Boxe, uma academia de São Paulo. 

Com 31 anos, chegou ao que pode ser considerado o auge no UFC. Em maio de 2021, venceu Michael Chandler no evento 262 do Ultimate Fighting Championship e conquistou o cinturão do peso-leve (70kg). 

Charles do Bronx acertando soco em adversário, no octógono, durante luta do UFC

Mesmo ao conquistar o cinturão, Charles continua sendo “do Bronx”. O título tornou possível ao lutador dar uma vida melhor à família. Porém, a casa mais confortável fica próxima ao bairro onde cresceu, na periferia do Guarujá. 

O caminho de Charles do Bronx até o cinturão teve 9 vitórias consecutivas, entre 2018 e 2021. A última vez que ele perdeu uma luta foi em dezembro de 2017, no UFC 218. Na ocasião, ele perdeu para Paul Felder. 

Qual o cartel de Charles do Bronx?

O cartel de um lutador é a relação de vitórias, títulos ou premiações conquistados por ele. No caso de Charles do Bronx, esse cartel é de 31 vitórias, 8 derrotas e nenhum empate no UFC. 

O que é preciso para entrar no UFC?

O caminho até o UFC não é uma “ciência exata”. Quem tem interesse de fazer parte da maior e mais popular organização de MMA do mundo precisa se dedicar bastante. 

Em 1º lugar é necessário levar os treinamentos muito a sério. O lutador de MMA precisa ter conhecimento de cada uma das artes marciais, além de se especializar em uma delas. 

Neste caminho, também é indispensável ter um treinador experiente. As dicas, técnicas e análises vão fazer toda a diferença no desenvolvimento de um lutador. 

Mas apenas treinar não é suficiente. O lutador precisa “dar a cara a atapa”. Participar de lutas e vencer campeonatos é fundamental. Com os treinos em dia e a carreira em ação, é preciso ter também um patrocinador. Afinal, a carreira tem custos. 

Reunindo todos esses aspectos com excelência e trabalhando a imagem, um lutador pode conseguir pavimentar o caminho até o UFC. 

 

COMPARTILHE

Bombando em Fora de Campo

1

Fora de Campo

Fifa pode indenizar Al Hilal por lesão de Neymar

2

Fora de Campo

COI aprova inclusão de cinco novos esportes em Jogos Olímpicos de 2028

3

Fora de Campo

Palmeiras com outro patrocinador? Leila Pereira pode aceitar a partir de 2025; entenda

4

Fora de Campo

Fórmula 1 e Pirelli renovam contrato de fornecimento de pneus até 2027

5

Fora de Campo

Com atraso da 777 Partners, Vasco vive indefinição sobre gestão