Uma das maiores jogadores de vôlei do mundo, Paola Egonu sofre com racismo frequentemente por parte de outros italianos, como ela
Paola Egonu é uma das maiores referências do voleibol mundial, mesmo tendo apenas 24 anos. Dona de grandes atuações nos campeonatos de clubes e pela Itália, mesmo sendo uma das melhores do mundo, acaba sendo alvo frequente de racismo.
Em entrevista à revista Vanity Fair, a oposta do Vakif Bank (Turquia) relatou suas experiências traumatizantes que passou na Itália, país onde nasceu. Uma delas, desde a infância, a marcou de forma significativa até hoje.
“Eu estava no jardim de infância e, com uma amiga minha, arrancamos a grama do jardim. A professora nos colocou de castigo e pedi três vezes para ir ao banheiro, mas ela negou”, conta a jogadora.
“No final, fui às pressas, mesmo sem permissão. Mas já era tarde demais, pois minha roupa estava toda suja. A professora riu de mim e me chamou de ‘fedorenta’. Ainda tive que esperar, suja, a minha mãe chegar”, relatou Paola Egonu.
Diante disso, por ser descendente de nigerianos, é tratada como “menos italiana”, ou até mesmo negam a naturalidade dela, que nasceu no país. Toda essa situação a faz temer a possibilidade de ter um filho e que ele possa passar por tudo isso que ela viveu.
“Se algum dia eu tiver um filho, ele passará por toda a porcaria que eu vivi. Então, vale a pena dar à luz uma criança e condená-la à infelicidade?”, questionou.
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