Saiu, nesta segunda-feira (14), o laudo de uma perícia contratada pelo Flamengo para averiguar se houve mesmo gritos racistas para o atacante Gabigol, no clássico contra o Fluminense. E houve, sim, de acordo com o documento.
O perito também confirmou que o vídeo postado jornalista Isabelle Costa, do S1 Live, não teve edição ou montagem. O Rubro-negro encaminhou o material ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) para abrir um inquérito sobre o caso.
“No momento, eu ouvi quando estava descendo para o vestiário, mas estava tão focado no jogo que acaba passando muito rápido, e eu sabia que depois teria alguma imagem para que eu pudesse provar. A gente não conseguiu achar quem foi, mas é uma cena muito triste porque meus pais e meus amigos estavam lá. É algo que não é viável e que não tem tamanho para quem passa por isso”, disse Gabigol à Fla TV.
“Fiz isso e faço porque posso representar muitas pessoas que sofrem, e a gente não vê. Ter um exemplo e uma voz ativa é muito importante. Espero que as devidas medidas sejam tomadas. Vi que o Flamengo está se posicionando, o Fluminense tem ajudado, muito legal também receber a mensagem do Vasco. Não é só futebol, é algo que todos devemos entender que não deve existir isso”, acrescentou.
Desde então, Gabigol vem comemorando seus gols com o punho cerrado e erguido, marca de protesto do movimento antirracista.