Balanço financeiro do Galo foi apresentado nesta quarta-feira (26) e situação piora em relação ao ano anterior
A dívida do Atlético-MG aumenta a cada ano e a situação financeira do clube fica cada vez mais preocupante para a implementação da SAF. Em balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira (26), relativo a 2022, o clube deve mais de R$ 2 bilhões.
O balanço financeiro foi dividido em 2 partes e apresentado ao Conselho Deliberativo do clube. A divisão é a seguinte: a maior parte desse valor está no balanço do próprio Galo. Ou seja, a dívida do Atlético-MG em si. A 2ª parte, é relativa à Arena MRV.
Quanto à dívida relativa unicamente ao Atlético-MG, ela é de R$ 1,571 bilhão. Desse total, quase metade vem de operações de crédito, como empréstimos.
Valor que sofreu um aumento de R$ 259 milhões em relação a 2021 – cerca de 19% acima do apresentado no ano anterior.
Esse aumento vem, principalmente, pelos gastos com o departamento de futebol e juros das dívidas do clube. Dentro disso, a dívida do Atlético-MG de curto prazo saltou de R$ 506 milhões para R$ 873 milhões.
A 2ª parte desse montante acima dos R$ 2 bilhões vem da Arena MRV. Para finalizar a construção do seu estádio, o Galo pegou um empréstimo de R$ 440 milhões.
Porém, de acordo com o clube, esse valor já tem um plano para ser quitado. A ideia do Alvinegro é de pagar esse valor de R$ 440 milhões com vendas de cadeiras cativas e camarotes da Arena MRV.
Além disso, para pagar todo o custo envolvendo o estádio, o clube projeta grandes faturamentos com os jogos e outros eventos no estádio ao longo do ano.
Outro ponto que implicou no aumento das dívidas do Galo foi o declínio da venda do percentual que o clube tem do shopping Diamond Mall, em Belo Horizonte. Com isso, o valor da venda seria utilizado para o pagamento de dívidas.
Como elas não foram quitadas, os juros passaram a incidir de maneira mais forte e ampliou esse problema financeiro.
Dívida do Atlético-MG atrapalha SAF do clube
O Galo tem a intenção de se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol, como um clube-empresa, e tem interessados na aquisição de ações do clube. Porém, apesar de ter conversas mais avançadas com um investidor, a dívida atrapalha.
Isso porque parte do acordo é de que esse investidor venha a pagar as dívidas de curto prazo do clube. Porém, conforme ela aumenta, é preciso que haja uma contrapartida – que seria um aumento do percentual de venda das ações do Atlético-MG.
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