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“Correr em casa”: Skatistas reforçam importância de etapas no Nordeste para inspirar jovens e democratizar esporte

STU fecha temporada no Recife, entre sexta (10) e domingo (12) Neste fim de semana, o Recife sedia a última […]

Disputa do STU Recife 2022

Júlio Detefon/STU

STU fecha temporada no Recife, entre sexta (10) e domingo (12)

Neste fim de semana, o Recife sedia a última etapa do STU, o campeonato brasileiro de skate. Já na cidade, os skatistas comemoraram o retorno ao Nordeste, que recebe uma etapa apenas pela 2ª vez, em um processo de democratização do esporte. Assim, o cearense Lucas Rabelo apontou a força de inspiração que isso pode trazer para os jovens skatistas da região, enquanto o pernambucano Marcelo Batista comentou a sensação de volta para casa e revelou um momento emocionante competindo na capital.

Correr em casa no STU Recife

Apesar de ter nascido e dado suas primeiras corridas no Recife, Marcelo Batista teve “que correr o mundo para ir atrás de seus sonhos”. Ele só teve a 1ª oportunidade de competir em sua cidade natal aos 24 anos, na STU do ano passado, quando o circuito teve uma etapa no Nordeste pela 1ª vez. Ele também revelou que aquela foi a 1ª vez que sua mãe pôde vê-lo competindo.

“Imagina, eu viajei o mundo, poder voltar e correr em casa. Minha mãe me viu andar de skate pela 1ª vez nessa etapa do ano passado, ela nunca tinha me visto andar de skate pessoalmente. Eu falei que ia ter um campeonato no Recife, ‘desses que eu participo, cola lá para assistir’. Ela veio, me viu andar de skate, falou que era perigoso”, contou, rindo.

Marcelo também elogiou a estrutura na cidade, reforçada com as duas primeiras pistas de padrão internacional do Nordeste, construídas justamente para o STU de 2022. “Estou feliz em poder voltar e andar em uma pista de skate nova. Quando eu morava aqui, essa pista não existia, era a antiga. Espero que isso incentive as escolinhas de skate para mexer com essa garotada que está vindo aí, porque Recife tem muita criança boa, muito talento”.

Ele ainda garantiu que aprendeu muito com Og de Souza, pernambucano que vem se destacando no cenário do paraskate. Og também comemorou o retorno do circuito à sua casa. “Fico feliz de o STU trazer mais uma vez a etapa final para o nosso Recife, que de novo vai coroar os campeões da temporada. E promete, porque o nível dos paraskatistas é muito bom. Teremos os melhores nomes do país aqui”.

Marcelo Batista, Og de Souza, Augusto Akio, Dora Varella, João Campos, Pâmela Rosa, Lucas Rabelo e Maytê Pires em coletiva do STU Recife 2023
Júlio Detefon/STU

A democratização do skate

Um dos principais nomes nordestinos no circuito do street, o cearense Lucas Rabelo é presença constante nos torneios internacionais e garantiu a medalha de ouro no Pan-Americano. Na visão dele, a consolidação do Recife no calendário nacional pode ser um veículo para inspirar e aproximar os jovens nas pistas nordestinas.

“Estão abrindo os olhos para o Nordeste, também. Normalmente, quando se fala de skate no Brasil, é São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e muito pouco do Nordeste. Então, sempre que eu posso, friso que o Nordeste tem muitos talentos, tem muitas pessoas boas, tem diversos skateparks muito bons em evolução”.

Ele continuou: “Acredito que ter eventos como esses no Nordeste, no Recife, possa abrir mentes, inspirar outras pessoas que também são do Nordeste que acabam perdendo a motivação por não serem tão lembrados aqui. É importante demais para nós, para quem anda de skate no Nordeste, tem sonhos, porque potencial e força de vontade não faltam. É incrível e importante tem essas oportunidades”.

Um desses nomes é a jovem Maytê Pires. A recifense de apenas 12 anos é bicampeã nordestina e esteve ao lado de alguns ídolos pela 1ª vez nesta semana e não segurou as lágrimas na coletiva de imprensa. “Estou muito feliz de poder participar mais uma vez do STU. Fui convidada a correr e fico até emocionada de estar aqui ao lado desses skatistas incríveis. É muito gratificante poder andar de skate por esse Brasil todo. Já estou há duas semanas treinando nessa pista, que é irada”, comentou, emocionada.

A importância da ampliação do calendário também foi comentada por Augusto Akio, o Japinha. “Acho muito bonito o circuito começar por Santa Catarina, ir para Porto Alegre, São Paulo e vir até o Nordeste, aqui no Recife. Me deixa contente fazer parte deste movimento do esporte, de conseguir percorrer várias áreas do Brasil. Gostaria que isso se expandisse ainda mais”, afirmou o paranaense.

Skatista Lucas Rabelo comemorando no Pan-Americano Santiago 2023
Cearense Lucas Rabelo foi ouro no Pan Júnior, em 2021, e no Pan, em 2023 – Julio Detefon/CBSk

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