O voleibol tem uma dinâmica de jogo que atrai diversos praticantes e espectadores ao redor do mundo. Entenda como funciona o esporte e também grandes nomes que passaram pelas quadras
O vôlei é um dos esportes mais tradicionais e populares do planeta. No Brasil, por exemplo, é o 2º mais popular e fica atrás apenas do futebol. Continue lendo este artigo do Jogo Hoje e conheça mais sobre as posições do vôlei e outros detalhes da modalidade.
O nosso país é uma das maiores potências no voleibol mundial há décadas, e isso se traduz na paixão pelo esporte. O Brasil é detentor de 5 medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, sendo 3 delas no masculino e 2 no feminino.
Gerações que marcaram época e vêm disputando finais de Olimpíadas consecutivamente neste século, além de conquistar títulos em outros torneios mundiais. Com esse espelho de inspiração, várias pessoas, desde cedo, começam a praticar o vôlei.
As posições do vôlei
O voleibol é um jogo que é possível disputar em equipe, misturando pessoas de diferentes idades e gêneros. Isso vai desde as partidas mais livres, com regras flexíveis, até outras que seguem o regimento do esporte.
Por isso, o esporte cresce e há várias pessoas que se interessam por jogar. Porém, há diferentes posições dentro do vôlei. A depender da habilidade, estatura e desenvoltura de cada um, há uma forma de se encaixar. Veja, abaixo, quais são as posições do vôlei e saiba como jogar em cada uma.
Quais são as posições do vôlei?
Esse esporte tem 5 posições diferentes. São elas: levantador, líbero, oposto, ponteiro (ponta) e central (meio de rede). Eles se distribuem em quadra, onde ficam 6 jogadores e cada um ocupa uma das seis posições da quadra.
Todavia, as equipes são escaladas com 7 atletas. Isso porque o líbero tem função exclusiva de defesa. Então quando o time é apresentado em quadra, entram 2 ponteiros, 2 centrais, 1 oposto, 1 levantador e 1 líbero. Mas quando o jogo começa, há um revezamento entre os centrais e o líbero.
Assim, há momentos em quadra onde os 2 centrais estão presentes e o líbero vai para o banco de reservas. Quando há a rotação do time com a troca de posições na quadra e o líbero está na rede, ele sai para a entrada de um central. Conforme a equipe rode e o central saia da rede, o líbero é acionado novamente.
Como atua cada uma das posições do vôlei dentro da quadra:
Ponteiro
Os atletas dessa função são responsáveis por boa parte dos pontos da equipe no jogo e ajudam nas diferentes fases do ponto. O ponteiro joga nos lados da quadra, nas posições 2 e 4 (entrada e saída de rede) e precisa não só atacar bem, mas também saber defender.
Por isso, quando o ponteiro se torna completo ao aliar essas duas funções, se destaca bastante no jogo. Dessa forma, as equipes sempre buscam ter um atleta da posição que seja bom na recepção.
Assim, esse é designado a ser o “ponteiro passador”, que atua junto ao líbero para defender os saques adversários. Enquanto que o outro ponteiro foca prioritariamente no ataque. Na Seleção Brasileira de Vôlei, grandes nomes se destacaram e fizeram, ou ainda fazem história.
Na feminina, nomes como Jaqueline, Fernanda Garay, Paula Pequeno e Gabi são expoentes nessa função. Esta última, inclusive, é a principal jogadora da seleção atualmente. Na masculina, Giba, Nalbert, Tande e Lucarelli são nomes lembrados também pelo domínio como ponta.
Oposto
O oposto nos times de vôlei é considerado a “bola de segurança” do levantador. A função tem esse nome por jogar sempre na linha oposta ao do levantador. Especialista no ataque, esse atleta costuma pontuar muito nos jogos, sendo, muitas vezes, o maior pontuador do time.
Além disso, o oposto sempre busca se posicionar em quadra para receber o passe e poder concluir a jogada. Grandes nomes defenderam a Seleção Brasileira de Vôlei e se tornaram referência entre os maiores do mundo na posição.
Na feminina, é impossível não lembrar de Sheilla, bi-campeã olímpica. Atualmente, no processo de renovação da Seleção Brasileira, a jovem Kisy desponta com bons jogos. Na masculina, Marcelo Negrão e Wallace são nomes que permanecem na lembrança dos torcedores por grandes atuações e medalhas de ouro olímpicas.
Levantador
O levantador é o jogador responsável pelo passe antes do ataque. Com destacada visão de jogo e passe apurado, é uma função fundamental para as jogadas ofensivas dentro do vôlei, já que toda bola de ataque passa por ele.
Além de ter um bom passe e perceber o posicionamento dos atacantes – ponteiros, central ou do oposto -, o levantador também tem que estar atento ao time adversário. A movimentação em quadra e o posicionamento dos atletas do outro lado da rede influenciam para qual lado a bola será levantada em busca do ponto.
A Seleção Brasileira Feminina teve nomes como Fofão e Dani Lins fizeram história na conquista do ouro olímpico em 2008 e 2012. Atualmente, Macris carrega o posto de levantadora e é considerada uma das melhores na posição no mundo.
Já a Seleção Brasileira Masculina, outros grandes nomes também passaram. Ricardinho e Maurício, campeões olímpicos em 2004, e Bruninho, campeão em 2016, são três dos maiores que vestiram a amarelinha.
Central
Os centrais são, geralmente, os jogadores mais altos da equipe. Eles são os principais responsáveis pelo bloqueio, já que sempre terá um defendendo o meio da rede. Além disso, também são responsáveis por ataques rápidos e servem como mais uma opção de ataque para o levantador.
Além de acertar o posicionamento para defender os ataques na rede, é preciso que o central tenha uma boa leitura de jogo. Isso porque ele deve prever a jogada que o levantador adversário fará para, assim, bloquear a posição de onde vem o ataque.
Na Seleção Brasileira, vários atletas foram importantes e marcaram história em diversas conquistas. Na masculina, atletas como Gustavo, Carlão e Lucão fizeram parte de times memoráveis.
Na feminina, Fabiana e Thaisa são campeãs olímpicas que colecionam momentos decisivos. Atualmente, um dos grandes nomes da seleção é Carol.
Apesar de “baixa” para a função, com “apenas” 1,83m, ela se destaca pela impulsão e leitura que jogo, que aumentam ainda mais sua capacidade de bloqueio. Ela também quebrou recordes em 2022, onde se tornou a maior pontuadora em bloqueios na história da Superliga e na Liga das Nações.
Líbero
O líbero é o atleta responsável por defender os ataques. É a sua função básica. Mas também se destaca por ter um passe de qualidade, muitas vezes até ajuda a “quebrar um galho” como levantador.
Outra curiosidade é que o líbero é o único jogador que tem as substituições ilimitadas para entrar e sair da quadra. Além disso, são jogadores de menor estatura. Isso lhes dá maior agilidade para se deslocar em quadra e estar na posição correta para defender.
A Seleção Brasileira de Vôlei teve os dois maiores líberos da história, com atuações magníficas e fundamentais nas conquistas dos ouros olímpicos. Na feminina, Fabi Alvim, a Fabizinha. Na masculina, Serginho. Ambos marcaram época e são venerados até hoje por quem é apaixonado pelo esporte.
Como se tornar atleta de vôlei?
Segundo levantamento do portal Terra, de 2018, o voleibol era praticado por 15 milhões de pessoas no Brasil. Com isso, é grande o celeiro de atletas do país e a capacidade de renovação nos clubes e seleção. Mas, até chegar lá, é um caminho árduo para se passar.
Primeiro que a constituição física da pessoa influenciará. Cada vez mais jogadores altos têm surgido, e essa é a tendência natural do esporte. Com isso, a estatura é um fator que pesa para se atuar na maioria das posições. Excetuando líbero e, em alguns casos, levantador.
Além disso, passar por categorias de base de clubes também é importante para esse processo. As equipes costumam ter times a partir do Sub-12. Mas existem diversas escolinhas de vôlei para crianças ainda mais novas. Entretanto, vários talentos surgem de maneira “tardia”, com 15, 16 anos, ou até mais.
Daí em diante, nesse processo de formação, a criança ou adolescente se adequa a uma função dentro das suas características. Os mais altos podem ocupar a posição de central, enquanto que outros com bom impulso e força no ataque, podem ir para a posição de ponteiro ou oposto.
Enquanto que jogadores mais baixos, mas com bom passe e recepção, podem ser líberos ou levantadores. Daí entram outras características como a leitura de jogo para definir esse posicionamento.
Há também uma preocupação com a formação escolar dos atletas, para que conciliem os estudos com o esporte. Por isso é comum ver vários jogadores jovens, já profissionais, que dividem a carreira com estudos em faculdades.
Além disso, a carreira de jogador de vôlei também conta com uma alta rotatividade entre clubes. Vários atletas de destaque passaram por grandes clubes dentro do Brasil e no exterior. Questão que soma e ajuda bastante também na evolução e amadurecimento dos vários talentos que saem daqui do país.