País ficou no top-2 com todos os canoístas que participaram do Pan
O dia de decisões na canoagem slalom nos Jogos Pan-Americanos de Santiago trouxe quatro medalhas para o Brasil. Nas descidas do Rio Aconcágua, Ana Sátila garantiu o único ouro no slalom tradicional, no C1, e também foi ouro no cross, assim como Guilherme Mapelli. Além disso, o Brasil ainda foi para o pódio com as pratas de Olmira Estácia, irmã de Sátila, com Kauã da Silva e com Pepê Gonçalves.
UM EXCELENTE TEMPO ⏰🥇
Ana Sátila completa a prova em 93.8” para conquistar o título pan-americano no C1 Feminino da Canoagem Slalom! 🇧🇷
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As finais da canoagem slalom
A 1ª final do dia já teve Brasil no pódio. Estreando em Pan-Americanos, sua competição mais importante até hoje, Kauã da Silva garantiu a prata. Mas o ouro não veio por um detalhe. Na disputa do C1, o canoísta fez sua volta em 95.22s, mais rápido que o estadunidense Zachary Lokken, que fez em 95.87s. Mas o brasileiro recebeu 2s de punição por tocar na porta 18 e acabou ficando com 97.22s. O bronze foi do paraguaio-brasileiro Leonardo Curcel, com 110.11s.
Entre as mulheres, ninguém superou Ana Sátila. A mineira chegou a Santiago com três ouros e uma prata em Pans e logo buscou o 4º ouro. Após uma péssima bateria na última semifinal, a brasileira teve toques nas portas 7 e 18 e ficou com um tempo de 108.52s, bem abaixo da canadense Lois Betteridge, que fez 117.69s. Ana Paula Castro, do Paraguai, foi bronze.
Abrindo as finais do caiaque, Pepê Gonçalves ficou com a prata. Assim como Kauã, o paulista teve a descida mais rápida do dia no K1, mas tocou nas portas 5, 6 e 9 e ficou com o tempo de 94.08s. O ouro foi do estadunidense Joshua Joseph, que também sofreu um toque e ficou com 91.12s. Mael Rivard, do Canadá, foi bronze.
Provando que o talento está no sangue, Olmira Estácia, irmã de Ana Sátila, também levou uma prata, na disputa do K1. Ela começou muito bem na descida, mas perdeu velocidade no fim e terminou com 110.54s após toques nas portas 6 e 10. O ouro foi dos Estados Unidos, com Evy Leibfarth, que surpreendeu na velocidade e, mesmo com três punições, ganhou com 102.32s.
O caiaque cross
No cross, modalidade da canoagem slalom que estreará nos Jogos Olímpicos em 2024, quatro canoístas entram junto em uma corrida passando pelas bases. A disputa começou nas semifinais, com os dois primeiros de cada bateria garantindo vaga na decisão. Guilherme Mapelli venceu sua prova com muita folga, assim como Ana Sátila.
Na final, Gui Mapelli não largou bem, mas se recuperou na descida e assumiu a liderança. Ele ainda se enroscou com um canadense na penúltima base, mas conseguiu se desvencilhar bem e disparar para o ouro. Alex Baldoni (CAN) e Reiberto Robles (PER) completaram o pódio.
No feminino, as três adversárias se enroscaram na largada e Ana Sátila ficou com o caminho livre para disparar e vencer praticamente sem concorrência. Esse foi o seu 5º ouro e a sua 6ª medalha em Jogos Pan-Americanos. Evy Leibfarth (EUA) e Lois Betteridge fecharam o top-3.
A canoagem slalom no Pan-Americano
O Brasil é a principal força da canoagem slalom no continente. Ganhando tradição na modalidade com bons resultados mundiais e pan-americanos. Neste ano, o país levou representantes para todas as seis disputas e conseguiu 100% de aproveitamento de pódios, ainda que tenha saído com menos ouros que na última edição do Pan.
Em Lima 2019, foram dois ouros Ana Sátila e dois para Pepê Gonçalves, além de um bronze para Felipe Borges. A estreia da modalidade foi em 2015, com um ouro e uma prata para Sátila, além de duas pratas e um bronze no masculino.
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