Basquete no Brasil: a modalidade é um dos esportes coletivos mais populares no país. E se hoje em dia é conhecido e valorizado no país, é por causa de uma sucessão de acontecimentos que funcionaram como marcos para a popularização da modalidade.
Basquete chegou a São Paulo antes de 1900
O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer o basquete. A modalidade foi criada em 1891 por um professor canadense de educação física. Apenas cinco anos depois, o basquete foi apresentado à nação que, no futuro, seria conhecido como país do futebol.
Quem trouxe o basquete ao Brasil foi o norte-americano Augusto Louis. Foi ele que introduziu o esporte na Associação Atlética Mackenzie College de São Paulo, em 1896.
Primeiro campeonato de basquete no Brasil foi disputado no Rio de Janeiro
Apesar de ter chegado cedo ao Brasil, o basquete demorou para ser adotado por um clube e fazer parte de um campeonato. E embora suas raízes estejam em São Paulo, foi no Rio de Janeiro que ele ganhou força.
O primeiro clube a ter uma equipe de basquete foi o América, do Rio de Janeiro. E na Cidade Maravilhosa foi disputado, pela primeira vez, um campeonato do esporte. A disputa ocorreu no ginásio da Rua da Quitanda, no Centro.
Em 1916, a Liga Metropolitana de Sports Athléticos passou a contar com o basquete em 1916. Três anos depois, organizou o primeiro campeonato oficial, que foi vencido pelo Flamengo.
Seleção Brasileira de Basquete foi criada em 1922
O ano de 1922 ficou marcado por um importante acontecimento para o basquete no país. Pela primeira vez, foi convocada a Seleção Brasileira do esporte. Inicialmente, apenas com o time masculino.
Naquele ano, estava sendo comemorado o centenário da independência do Brasil. Para marcar a data, foram realizados os Jogos latino-americanos, com Argentina e Uruguai, além do próprio Brasil. A Seleção Brasileira ganhou o torneio.
Em 1930, foi realizado pela primeira vez um Campeonato Sul-Americano. A disputa ocorreu em Montevidéu, no Uruguai.
Incentivo para as mulheres no basquete veio com muito atraso no Brasil
A disparidade entre homens e mulheres no esporte ficou bem evidente com o desenvolvimento do basquete no Brasil. Isso porque a primeira competição do esporte organizada no Brasil aconteceu em 1984.
A competição foi chamada de Taça Brasil e tinha status de campeonato nacional. Em 1998, o campeonato passou a ser chamado de Campeonato Nacional de Basquete. Desde 2010, a disputa é conhecida como Liga de Basquete Feminino.
Ídolos elevaram o nome do Brasil mundialmente
Embora o basquete nunca tenha conseguido popularidade no Brasil parecida com o futebol, o esporte teve vários ídolos nacionais. Atletas que contribuíram para manter o esporte como um dos principais no país. Entre os homens, se destacam nomes como Oscar, Leandrinho, Anderson Varejão e Nenê.
Oscar é apontado como o maior jogador de basquete que o Brasil já teve. Conhecido como “Mão Santa”, Oscar tem o recorde mundial de pontos: 49.737. Em 1987, ele liderou a Seleção Brasileira na histórica conquista do Pan-Americano de Indianápolis, derrotando na final os Estados Unidos.
Parte dos 55 pontos de @oscar_schmidt diante da Espanha em Seul 1988. Recorde que dura 33 anos no basquete olímpico.
O craque Luka Doncic anotou 48 diante da Argentina na estreia dos dois países em #Tokyo2020 e fez o mundo relembrar essa atuação de gala do brasileiro 🔥 pic.twitter.com/hcxlfjbhHH
— Basquete Brasil – CBB (@basquetebrasil) July 26, 2021
Por outro lado, nomes como Leandrinho, Anderson Varejão e Nenê, abriram espaço para o Brasil na NBA, principal liga do esporte no mundo.
Entre as mulheres, a lista de lendas do esporte brasileiro também é grande. Alguns dos nomes são Hortência, Paula e Janeth.
Hortência, Paula e Janeth lideraram a melhor Seleção Brasileira de basquete feminino da história. Na década de 1990, o Brasil ganhou, com as três, títulos importantes e medalhas que entraram para a história.
Em 1996, a Seleção ficou com a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta, nos Estados Unidos. Foi o ápice do esporte no país. Por fim, Hortência, Paula e Janeth são, nesta ordem, as três maiores cestinhas da história do basquete feminino brasileiro.