História, origem do apelido, trajetória vitoriosa no Corinthians e passagem na Europa. Saiba quem foi o baiano Vampeta
De Nazaré, na Bahia, para o mundo. Se ainda não foi apresentado, a partir de agora, você vai saber tudo sobre Vampeta, o craque que marcou uma geração. Ídolo de um dos maiores clubes do Brasil, o volante acumulou histórias curiosas e colocou no currículo uma Copa do Mundo.
O baiano Marcos André Batista dos Santos tem história de sobra. E começou cedo, ainda aos 13 anos, no Vitória-BA. Do teste no Rubro-Negro até as grandes noites vividas com a camisa do Corinthians, Vampeta cravou seu nome na trajetória do futebol.
Abaixo, você encontra tudo sobre Vampeta, com um apanhado preparado pelo Jogo Hoje. Vem com a gente para conferir!
Tudo sobre Vampeta: Começo e ‘batismo’ no Vitória
Vampeta chegou ao Vitória pelo caminho mais comum: soube de um teste e correu para se inscrever. Assim, ainda aos 13 anos, foi aprovado e começou a sua carreira na base rubro-negra.
Integrado ao Leão, se mudou para Salvador. Foi morar no alojamento do clube. E foi lá que Marcos André passou a se chamar Vampeta. Por que? Sua tia, Edna Alves, explica.
“Como ele era muito danado… Vampeta era demais (…) pense naquele menino que mexia com todos e também estava banguela na época. Aí, o apelidaram de Vampeta, que era a mistura de vampiro com capeta.”
O tempo passou. Cinco anos depois, Vampeta já era um dos destaques do meio-campo do Rubro-Negro na Copa São Paulo. Então, não demorou para chegar ao profissional. E logo partiu para um novo desafio, o 1º em outra língua.
Vampeta conhece a Holanda
Em uma época que precisava de currículo extenso para jogar na Europa, ele fez diferente: saiu do Vitória direto para o PSV, da Holanda. Jogou no clube de 1994 a 1997. Mas Vampeta não se destacou desde o início.
Dentro desses 3 anos, foi emprestado ao VVV-Venlo e ao Fluminense. Experiências que fizeram o volante voltar mais forte para a temporada 1996-97, quando, de fato, foi aproveitado pelo PSV.
Os números não são os melhores, mas Vampeta soube aproveitar os momentos em campo. Ao todo, entrou em campo 59 vezes na Holanda, marcou 3 gols e distribuiu uma assistência.
A história de amor com o Corinthians
Em 1998, o meia retornou ao Brasil para fazer história. Desembarcou em São Paulo. Mais especificamente no Parque São Jorge, para vestir a camisa do Corinthians e viveu sua melhor versão.
No time paulista, conquistou 1 Mundial de Clubes da Fifa, os Brasileiros de 1998 e 1999, além de um Campeonato Paulista. Lá, carimbou o passaporte para a Seleção Brasileira.
Nos anos 2000, Vampeta até chegou a jogar pela Inter de Milão e pelo Paris Saint-Germain, mas pesou a saudade do Brasil. Com isso, voltou para representar o Flamengo. Só que a passagem pouco durou devido às polêmicas.
Não demorou para voltar ao Corinthians, sua casa. No retorno ao Timão, se consagrou tanto pelos campeonatos vencidos quanto pela provocação aos rivais.
Chegou até a ser lateral direito, mas foi como volante, ao lado de Rincón, que formou uma das melhores duplas do Brasil na posição.
A Seleção, o penta e as cambalhotas
Em 1998, Vampeta foi convocado pela primeira vez. E o saldo foi mais do que positivo. Ganhou a Copa América 1999 e foi vice-campeão da Copa das Confederações do mesmo ano, mas não parou por aí.
O Velho Vamp seguiu sendo convocado e foi chamado para a Copa do Mundo de 2002. Jogou pouco, é verdade, mas foi importante no esquema do time de Felipão.
Após a conquista do penta, no Palácio do Planalto, com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, Vampeta fez história ao descer a rampa dando cambalhotas e usando a camisa do Timão.
Vampeta escreveu histórias e polêmicas
Das besteiras faladas até situações constrangedoras. Vampeta tem história de sobra para contar quando o assunto é resenha. E também perder a linha.
Veja algumas delas abaixo e fique por dentro de tudo sobre Vampeta:
1- ‘Preso’ junto com Edilson ‘Capetinha’
Em fevereiro de 1998, Edilson parou seu carro em fila dupla na esquina da avenida Doutor Arnaldo com a rua Major Natanael, em São Paulo, para comer um lanche com Vampeta.
Ao voltar, viu um policial deixando uma multa e soltou o verbo. Foi preso por desacato à autoridade e Vampeta acabou indo junto. “Fui como advogado e testemunha do Edilson”, brincou na época.
2- Rixa com o São Paulo – e com Souza
As farpas de Vampeta direcionadas ao São Paulo deu origem a uma das maiores rixas entre jogadores de futebol nos últimos anos. O meia são-paulino Souza não deixava barato.
Em 2007, apesar de ser rebaixado com o Corinthians, Vampeta ganhou do São Paulo, quebrando um jejum de 4 anos contra o rival.
Depois da vitória, Vampeta disse: “O Souza é um otário com sorte. Ele tem sorte porque é um jogador fraco ao lado de grandes jogadores. Mas também é otário por vestir a camisa do São Paulo”.
Souza rebateu dizendo que Vampeta era um “otário sem sorte”. Até hoje os 2 ainda se provocam, lembrando os tempos de atividade.
3- “Eles fingem que pagam…a gente finge que joga”
A frase conhecida até hoje no futebol foi criada lá atrás, pelo próprio Vampeta, quando defendia o Flamengo. Ele fez apenas 16 jogos com a camisa rubro-negra.
Depois, voltou ao Corinthians, seu time do coração. E até hoje ele alfineta o Rubro-Negro carioca: “A única coisa que recebi lá foi o dinheiro das figurinhas”.
Vampeta diz que a fama da frase ajudou o Flamengo a acertar as contas e se ajustar financeiramente.
4- Vampeta ‘fugiu’ da Holanda
Na época em que jogou no PSV, Vampeta morou junto com uma holandesa na casa da família dela. Mas, quando se transferiu para o Corinthians, sequer se despediu antes de retornar ao Brasil..
De volta à Holanda para um amistoso da Seleção, foi ao antigo local. Sua ex-parceira atendeu a porta. Estavam ela, os filhos gêmeos, os pais e os irmãos. Um silêncio absoluto.
Vampeta também não falou nada e confessou ter chorado no caminho de volta. “Foi a maior bronca que recebi na vida sem ouvir uma só palavra”, disse o ex-volante.
Curiosidades sobre o ‘Velho Vamp’
Para além do futebol, o Vamp seguiu fazendo histórias em outros ramos. De comentarista à falha tentativa de entrar na política. Foi presidente de clube, treinador, escreveu livro e ainda foi ator.
No teatro, dividiu palco com os também ex-jogadores Edilson e Amaral. Ele também fez parte da mesa redonda do programa Comédia Futebol Clube, do canal Comedy Central.