Objeto mais importante do principal esporte do mundo passou por grande evolução até os dias atuais; saiba tudo sobre o processo
A história da bola de futebol reúne uma série de transformações ao longo dos anos. Desde sempre é objeto de desejo da maioria das crianças na infância. Da bexiga de vaca até os dias de hoje, onde o objeto carrega um chip em alguns lugares, foram mudanças importantes.
A bola de futebol é responsável pela emoção de milhares de amantes do esporte espalhados pelo mundo. Quando ela passa da linha e balança as redes, é felicidade de um lado, tristeza do outro.
A tecnologia, portanto, teve um peso fundamental para esta evolução. Tanto do peso, do tamanho, do designer, quanto do modelo.
Cada campeonato, no entanto, tem a sua bola, que carrega as marcas dos patrocinadores e as logomarcas dos respectivos torneios.
Neste artigo, o Jogo Hoje conta tudo sobre a evolução da bola, desde a bexiga de vaca até os dias de hoje, como foi esse processo, a tecnologia, os responsáveis… Tudo sobre o tema.
O que tem por trás do objeto primordial no esporte mais popular do mundo? Vem com a gente e descobre tudo acerca.
História da Bola de Futebol: o início de tudo
Para entendermos toda a história da bola de futebol, é preciso, claro, voltar no tempo. Isso porque, em 1836, Charles Goodyear criou a borracha vulcanizada e, a partir disso, deu o pontapé necessário para que o objeto tomasse forma.
A criação da 1ª bola de futebol, no entanto, só veio em 1855, sendo produzida com esta borracha criada por Charles Goodyear. 7 anos depois, porém, aconteceu a primeira evolução do objeto do principal esporte do mundo.
Isso porque, H. J. Lindon produziu uma bola inflável, de borracha. O objeto, inclusive, tinha formato alongado da bola que se usa no rugby, além de ser dura e oval – bem diferentemente dos modelos que vemos nos dias de hoje.
Em 1863, com poucos anos do recém-criado English Football Associates, foram definidas algumas regras padrões a serem cumpridas pela bola. Isso porque, em 1848, na Universidade of Cambridge, na Inglaterra, as primeiras normas do esporte foram definidas.
Sendo assim, portanto, em 1863 ficou definido que as bolas teriam que cumprir algumas normas. A 1ª seria ser no modelo esférico, tendo circunferência de 68,6 a 71,1 cm como medidas padrão e recomendadas.
História da bola de futebol: a chegada no Brasil
E no Brasil? A 1ª bola que chegou ao país foi em 1894, chegando aqui por meio do inglês Charles Miller. O objeto da época tinha as seguintes características: produzida com couro curtido, tendo uma costura grosseira no centro.
Uma curiosidade desse tipo de bola – e que prejudicou os jogos – é que, na hora do cabeceio, os cordões incomodavam os atletas, ou seja, machucavam as respectivas testas deles.
A bola que chegou em 1894 no Brasil, trazida pelo inglês Charles Miller, era um tanto antiquada: feita de couro curtido com uma costura bem grosseira ao centro. Na hora de cabecear a bola, eis o maior problema, os cordões machucavam a testa dos jogadores.
A bola de futebol da primeira Copa do Mundo, em 1930, tinha o modelo 12 gomos, sendo pesadas e de couro. E existe uma curiosidade importante sobre a decisão deste torneio, que foi disputada entre Argentina e Uruguai.
Isso porque, antes da final, as seleções não chegaram num consenso para definir qual seria a esfera da bola para a final. A ideia, portanto, foi usar uma bola argentina na etapa inicial e outra uruguaia no segundo tempo da peleja.
Curiosamente, no 1º tempo, a Argentina venceu por 2 a 1, com a “sua bola”. No 2º tempo, no entanto, com a “bola uruguaia”, a seleção celeste virou a partida para 4 a 2 e venceu a Copa do Mundo de 1930, sendo a 1ª campeã mundial.
A evolução das bolas de futebol
No final da década de 1950, na Copa do Mundo de 1958, vencida pelo Brasil, o objeto já não contava com os cordões, porém ainda era produzido com couro. Em jogos com chuva, inclusive, a bola ficava extremamente pesada, dificultando as finalizações.
Nos anos 1960 e 1970, houve mais evolução. Isso porque, apesar das bolas ainda serem feitas de couro, o objeto passou a ser impermeabilizado. Sendo assim, a bola não ficava mais tão encharcada quando a chuva apertava, deixando os campos molhados.
Nos anos 1980, as bolas começaram a ser criadas a partir de materiais sintéticos. Isso, claro, ajudou no visual e também na resistência do material.
Nos anos 1990, dá para tratar como uma década de revolução no objeto. Isso porque, com o avanço da tecnologia, as bolas chegaram mais leves ao mercado, tendo em vista que eram fabricadas com polímeros. Isso, inclusive, foi um grande avanço.
No início do século 21, por sua vez, a revolução se consolidou ainda mais com os polímeros. As bolas são revestidas de poliuretano, tendo 10 camadas de poliestireno. Além disso, a borracha butílica é usada para a câmara. A tecnologia, portanto, é fundamental para a evolução do objeto.
Quais as bolas usadas nos 5 títulos de Copa do Mundo da Seleção Brasileira?
Em 1958, na Suécia, no primeiro título da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, a bola usada foi a Top Star. Com a cor marrom, ela tinha 18 gomos e a costura era em ziguezague.
Em 1962, no Chile, bicampeonato da Seleção Brasileira, a bola era denominada de Crack. O objeto, porém, foi alvo de críticas. Isso porque, com a cor amarela, perdia coloração quando ficava no sol. Além disso, ficava pesada e encharcada nas chuvas.
Em 1970, no tricampeonato do Brasil, com o torneio disputado no México, a bola foi chamada de Telstar. A aparência desse modelo do mundial, inclusive, tornou-se comum. O design é com hexágonos e pentágonos, além de ter as cores preto e branco.
Em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos, onde o Brasil foi tetracampeão, a bola usada teve o nome de Questra. O termo, inclusive, representava uma abreviação da frase “The quest for the stars”, que traduzida para o português fica “Busca para as estrelas”.
A bola, aliás, tinha um modelo com listras de astros celestes. Além disso, foi desenvolvida em 3 modelos: para a Europa, Jogos Olímpicos de Verão e Campeonato Espanhol.
Por fim, em 2002, na Copa do Mundo realizada na Coreia do Sul e Japão, a bola usada foi a Fevernova, predominantemente branca, com traços dourados e uma chama vermelha.