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Estrelas nas camisas de futebol: saiba quando as constelações começaram a aparecer nos uniformes

Uma das coisas que causa mais fascínio nas camisas dos clubes e seleções de futebol são as estrelas bordadas perto […]

Uma das coisas que causa mais fascínio nas camisas dos clubes e seleções de futebol são as estrelas bordadas perto do escudo (geralmente acima). Porque longe de serem um simples adorno, elas têm um significado: representam a conquista de títulos.

É difícil cravar exatamente em que momento as estrelas nas camisas de futebol surgiram pela primeira vez. Mas é um consenso que o futebol italiano tem essa tradição, que é tão forte quanto antiga.

No país europeu, toda vez que um clube ganha dez títulos italiano, passa a ter o direito de usar uma estrela na camisa. Se ele ganhar 20 títulos, pode bordar uma segunda estrela. E o raciocínio continua a cada dez taças.

Na Itália, ao contrário do Brasil, essa é uma regra estabelecida e cumprida rigidamente. Não há outra possibilidade de bordar estrelas. Assim, na temporada 1957/1958, a Juventus foi o primeiro time a ganhar o direito de colocar uma estrela na camisa, ao se tornar dez vezes campeã italiana.

Na temporada 1965/1966, foi a vez da Internazionale ganhar seu 10º título e o direito de colocar uma estrela no uniforme. O mesmo aconteceu com o Milan, em 1978/1979.

Só que a Juventus tem, hoje, 36 títulos nacionais. Portanto, usa três estrelas na camisa. Internazionale e Milan, com 19 taças, estão a mais uma conquista de bordar a segunda estrela na camisa.

Estrelas nas camisas de futebol: Seleção Brasileira foi pioneira

A Seleção Brasileira foi pioneira na ideia de usar estrelas simbolizando a conquista de títulos no seu uniforme. Isso aconteceu para comemorar o tricampeonato mundial, assegurado na Copa de 1970, no México.

Para marcar aquele título, garantido por um time que, para muita gente, é o maior da história, foram colocadas três estrelas no uniforme do Brasil. A estreia dessa novidade aconteceu no dia 11 de julho de 1971, durante um amistoso contra a Áustria.

Pelé vestindo o uniforme da Seleção Brasileira, com 3 estrelas bordadas na camisa

Foi nesse amistoso, aliás, que Pelé marcou seu último gol pela Seleção Brasileira. A partida contra a Áustria foi a penúltima do Rei do Futebol com a Canarinha. Diante de 110 mil pessoas no Morumbi, Pelé fez o gol da Seleção no empate de 1 a 1.

Depois disso, a Seleção nunca mais abandonou as estrelas nas camisas de futebol. Em 1974, disputou a primeira Copa do Mundo com a então novidade no uniforme. E foi assim até o Mundial de 1994, nos Estados Unidos, quando conquistou o tetracampeonato.

Depois disso, o Brasil passou a jogar com quatro estrelas nas camisas de futebol. Com a conquista do pentacampeonato, em 2002, o uniforme ganhou a 5ª estrela. A última, até o momento.

Outras seleções imitaram o Brasil nas camisas

O Brasil decidiu colocar as três estrelas no seu uniforme com o pretexto de ter sido o primeiro tricampeão mundial de futebol, em 1970. Doze anos depois, na Copa do Mundo de 1982, a Itália se tornou a segunda seleção tricampeã e também adotou as três estrelas na camisa.

Em 1990, foi a vez da Alemanha se tornar tricampeã mundial. Mas ela não colocou as três estrelas no uniforme de imediato. A equipe europeia só fez isso em 1996. A Alemanha demorou tanto que o Uruguai furou a fila.

Em 1992, a Celeste decidiu colocar quatro estrelas na camisa, mesmo tendo conquistado “apenas” duas Copas do Mundo. É que o Uruguai considera os títulos olímpicos de 1924 e 1928 como se fossem mundiais, o que gerou discussão entre a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) e a Fifa que, em 2021, solicitou a retirada das duas estrelas referentes aos Jogos Olímpicos de Paris e Amsterdã da peça.

No entanto, a entidade máxima do futebol recuou de sua decisão após a AUF apresentar uma documentação reunida com a ajuda da Associação de Historiadores e Pesquisadores do Futebol Uruguaio e o historiador Pierre Arrighi, em defesa da manutenção das estrelas. Hoje, a seleção mantém toda a constelação bordada no uniforme.

Jogador da Seleção do Uruguai na Copa do Catar 2022

A decisão do Uruguai de colocar quatro estrelas antes de se tornar tricampeão acabou despertando o interesse das outras seleções. Em 1998, assim que conquistou seu primeiro título mundial, na Copa disputada em casa, a França colocou uma estrela no uniforme.

Em 2003, a Argentina, então duas vezes campeã (a equipe foi tricampeã na Copa do Catar, em 2022) e a Inglaterra, uma vez campeã mundial, também acrescentaram as estrelas nos seus uniformes.

E a Espanha, vencedora da Copa do Mundo de 2010, não ficou de fora da moda e tratou de colocar uma estrela na camisa. Foi a última seleção a ganhar uma Copa pela primeira vez.

Santos lançou moda das estrelas no Brasil

O primeiro time que se tem notícia a inserir estrelas nas camisas de futebol simbolizando títulos foi o Santos. Em 1968, o clube adicionou duas estrelas no uniforme para comemorar o bicampeão mundial de clubes, conquistado nos anos 1962 e 1963.

Estrelas na camisas do Santos

O Santos foi o pioneiro, mas não demorou para os outros clubes brasileiros seguirem a ideia do clube paulista. Na década de 1970, virou febre inserir estrelas nas camisas dos times brasileiros.

Mas as estrelas nas camisas dos clubes brasileiros não seguem uma lógica. Elas podem simbolizar qualquer conquista importante do clube. Não precisa ser, necessariamente, um título mundial, como fez o Santos.

Os clubes brasileiros que são campeões mundiais costumam colocar estrelas fazendo referência a essas conquistas. Mas tem clube que homenageia a conquista de um ou mais Brasileiros, ou a da Copa do Brasil.

Alguns clubes que não são campeões nacionais podem colocar estrelas em referência a campeonatos regionais ou até mesmo estaduais. Ou seja, não há uma regra. O próprio clube decide o significado das estrelas nos uniformes.

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