Acordo bilionário pressiona a Libra, outro bloco de clubes que tenta administrar o Campeonato Brasileiro, e amplia o racha entre os dois blocos
Em anúncio nesta segunda-feira (6), o Forte Futebol (LFF) fecha acordo bilionário com a Serengeti Asset Management e Life Capital Partners, empresa dos Estados Unidos, por 20% da futura Liga Brasileira. Ao todo, o acordo foi fechado por R$ 4,85 bilhões, válido por 50 anos. Essa futura liga organizaria o Campeonato Brasileiro da Série B.
Há um adendo sobre esse valor. Isso porque ele só será mantido se tiverem 40 clubes dentro do grupo. Ao todo, atualmente, 26 clubes fazem parte do Forte Futebol. Caso siga com um número abaixo dos 40, a empresa norte-americana pagará R$ 2,18 bilhões.
O Forte Futebol fecha acordo bilionário, mas também é preciso que os conselhos deliberativos dos 26 clubes que estão atualmente no bloco aprovem essa negociação. Assim, para que o acordo seja selado de vez, há expectativa que aconteça até abril.
Os clubes que compõem a Liga Forte Futebol (LFF) assinaram nesta segundafeira (6), em São Paulo, acordo de investimentos com a gestora brasileira Life Capital Partners e a norte-americana Serengeti Asset Management. pic.twitter.com/ptVTrJtoW3
— Liga Forte Futebol do Brasil (@LigaForteBR) February 6, 2023
Forte Futebol fecha acordo bilionário e pressiona Libra
Vale lembrar que o Forte Futebol é um bloco de clubes que se juntou para administrar o Campeonato Brasileiro nos moldes da Premier League, da Inglaterra. Formato semelhante adotado pelo grupo de clubes que é o principal concorrente, a Libra.
O Forte Futebol fecha acordo bilionário representando o interesse dos seus 26 clubes. São eles: ABC, América-MG, Athletico Paranaense, Atlético-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Tombense e Vila Nova.
Enquanto isso, a Libra é formada por 18 clubes: São eles: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
A principal divergência entre os dois blocos se trata da divisão de receitas. De um lado, a Libra procura uma divisão que privilegia os clubes com maior audiência e melhor campanha no Campeonato Brasileiro, no formato de 40% de divisão igualitária da cota de transmissão, 30% por performance e 30% por audiência.
Enquanto isso, a LFF mantém um viés mais igualitário, com um abismo financeiro menor entre quem recebe mais e quem recebe menos, fechado por 45% de divisão igualitária, 30% por performance e 25% por audiência, com uma diferença entre o que recebe mais e o que recebe menos limitada a 3,5 vezes.