Irã venceu País de Gales em jogo de poucas manifestações
Ao contrário do que aconteceu na estreia, o jogo da Seleção Iraniana não foi marcado por protestos nesta sexta-feira. Pelo contrário, a vitória por 2×0 sobre o País de Gales teve a marca de repressão da Fifa aos protestos dos torcedores do Irã. Isso incluindo a abordagem de seguranças a um dos isolados casos identificados de protesto no estádio Ahmad Bin Ali.
Os protestos do Irã
No 1º jogo iraniano, contra a Inglaterra, os jogadores tinham silenciado ao hino, vaiado por parte da torcida. Além disso, muitas faixas e bandeiras do movimento “Woman Life Freedom” também apareceram nas arquibancadas. Mas isso não se repetiu dessa vez. Contra Gales, os iranianos cantaram o hino discretamente, mais uma vez ao som de vaias do público. Nas arquibancadas, as bandeiras e faixas quase desapareceram.
Mas o momento de maior destaque foi registrado em fotos. Uma torcedora exibiu uma camisa com o nome de Masha Amini, jovem que virou símbolo da luta pelo direito das mulheres no país persa. Seguranças abordaram a torcedora e a mandaram guardar a camisa. O Irã vive um momento de forte agitação política e social.
Porém, o protesto da mulher que levou a camisa de Mahsa Amini foi reprimido pelos seguranças do estádio: pic.twitter.com/RNm6L3Fzpq
— Copa Além da Copa (@copaalemdacopa) November 25, 2022
As ações da Fifa
Ao longo desta Copa do Mundo, a Fifa vem atuando ativamente para coibir manifestações em tom de protesto e sobre pautas como os direitos humanos. O exemplo máximo fica por conta dos vetos da Entidade conta as braçadeiras dos capitães com mensagens em apoio à comunidade LGBTQIA+.
Outro exemplo fica ao redor das camisas da Bélgica. O 2º uniforme do país tinha a palavra “love” (amor, em inglês), escrita na parte interna da camisa. Mas a Fifa também vetou a presença da palavra, que trazia mensagem de diversidade e inclusão.